domingo, 24 de outubro de 2010

Batalha de Salamina

A Batalha de Salamina foi um combate entre a frota persa, liderada por Xerxes, comandada por Temístocles. O acontecimento deu-se no estreito que separa Salamina da Ática, possivelmente no dia 29 de Setembro de 480 a.C.e terminou com a vitória grega.


Desejoso de incluir a Grécia no seu império, o jovem rei Xerxes, filho e secessor de Dario I, falecido em 486 a.C. preparou um grande exército, constituído por soldados persas,assírios,árades, egípcios,lídios e indianos e composto por unidades de terra (infantaria) e de mar (a armada de persa era formada por 1207 navios de grande calado).


Após as vitórias persas na Tessália e em Termópilas, a devastação da Beócia e da Ática, o rei persa Xerxes entrou em Atenas, destruindo inclusive os monumentos da Acrópole, desenvolvendo aquela que ficou conhecida pela Segunda Guerra Médica.


Enquanto os coríntios e os espartanos defendiam uma aglomeração militar no istmo, Temístocles concentrou a frota de 200 embarcações (trirremes) na baía de Salamina, enfrentando a frota persa, que, apesar do seu maior número, tinha dificuldades evidentes de maneabilidade no espaço exíguo do estreito, pelo que foi completamente derrotada pelos gregos. Xerxes foi obrigado a regressar à Ásia, deixando o comando das tropas restantes ao seu lugar-tenente Mardónio, que seria derrotado em 479 a.C. na batalha de Platea e Micala, nas costas da Ásia Menor.


Diante da necessidade de organizar a defesa e de equipar o exército, Atenas liderou a formação da Confederação de Delos, uma aliança entre várias cidades-estados gregas que deveriam contribuir com navios ou dinheiro nos gastos da guerra.


A vitória de Salamina acelerou o fim das Guerras Persas, confirmou a independência da Grécia e colocou Atenas, a salavdora da Hélade, em posição de liderança e hegemonia, como a Liga de Delos, fundada em 478 a.C..








segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Pensamento Aristotélico

Aristóteles foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, Grande. Seus escritos abrangem diversos assuntos, como a física, a metafísica, a poesia, o teatro, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia.


Lógica
Para Aristóteles, a lógica é um instrumento, uma introdução para as ciências e baseia-se no silogismo, o raciocinio formalmente estruturado que supõe certas premissas colocadas previamente para que haja uma conclusao necessária. O silogismo é dedutativo, parte do universal para o particular, a indução, ao contrário, parte do particular para o universal.


Física
A concepção aristotélica de Física parte do movimento, elucidando-o nas análises dos conceitos de crescimento, alteração e mudança. A teoria do ato e potência, com implicações metafísicas, é o fundamento do sistema.
Para Aristóteles, os objetos caíam para se localizarem corretamente de acordo com a natureza: o éter, acima de tudo; logo abaixo, o fogo; depois o ar; depois a água e, por último, a terra.


Psicologia
O organismo,  recebe a forma que lhe possibilitará perfeição maior, fazendo passar suas potências a ato. Essa forma é alma. A Psicologia faz com que vegetem, cresçam e se reproduzam os animais e plantas e também faz com que os animais sintam.

No
homem, a alma, além de suas características vegetativas e sensitivas, há também a característica da inteligência, que é capaz de apreender as essências de modo independente da condição orgânica.
Biologia.
 O
filósofo deu quatro definições para metafísica:


A Psicologia é a teoria da alma e baseia-se nos conceitos de alma e intelecto. A alma é a forma primordial de um corpo que possui vida em potência, sendo a essência do corpo. O intelecto, por sua vez, não se restringe a uma relação específica com o corpo;


  1. a ciência que indaga e reflete acerca dos princípios e primeiras causas;
  2. a ciência que indaga o ente enquanto aquilo que o constitui, enquanto o ser do ente;
  3. a ciência que investiga as substâncias;
  4. a ciência que investiga a substância supra-sensível, ou seja, que excede o que é percebido através da materialidade e da experiência sensível.
Para Aristóteles, existem quatro causas implicadas na existência de algo:
  • A causa material (aquilo do qual é feita alguma coisa,);
  • A causa formal (a coisa em si, como um vaso de argila);
  • A causa eficiente (aquilo que dá origem ao processo em que a coisa surger);
  • A causa final (aquilo para o qual a coisa é feita, cite-se portar arranjos para enfeitar um ambiente).
A teoria aristotélica sobre as causas estende-se sobre toda a Natureza, que é como um artista que age no interior das coisas.


Essência e acidente
Aristóteles distingue, também, a essência e os acidentes em alguma coisa.
A essência é algo que dá identidade a um ser, e sem a qual aquele ser não pode ser reconhecido como sendo ele mesmo.
O acidente é algo que pode ser inerente ou não ao ser, mas que, mesmo assim, não descaracteriza-se o ser por sua falta.


Ética
No sistema aristotélico, a ética é a ciência das condutas, menos exata na medida em que se ocupa com assuntos passíveis de modificação. Seu objectivo último é garantir ou possibilitar a consista da felicidade.


Política
Na filosofia aristotélica a política é um desdobramento natural da ética. Ambas, na verdade, compõem a unidade do que Aristóteles chamava de filosofia prática.
Se a ética está preocupada com a felicidade individual do homem, a política se preocupa com a felicidade coletiva da pólis. Desse modo, é tarefa da política investigar e descobrir quais são as formas de governo e as instituições capazes de assegurar a felicidade coletiva.


Direito
Para Aristóteles, assim como a política, o direito também é um desdobramento da ética. O direito para Aristóteles é uma ciência dialética, por ser fruto de teses ou hipóteses, não necessariamente verdadeiras, validadas principalmente pela aprovação da maioria.


Biologia
A biologia é a ciência da vida e situa-se no âmbito da física, pois está centrada na relação entre ato e potência. Aristóteles foi o verdadeiro fundador da zoologia - levando-se em conta o sentido etimológico da palavra. A ele se deve a primeira divisão do reino animal.


Metafísica
O termo "Metafísica" não é aristotélico; o que hoje chamamos de metafísica era chamado por Aristóteles de filosofia primeira. Esta é a ciência que se ocupa com realidades que estão além das realidades físicas que possuem fácil e imediata apreensão sensorial.